domingo, 16 de julho de 2017

A Magia de Persona 5


Olá, caros leitores! Cá estou de volta depois de tanto tempo! Tenho apenas uma coisa a dizer: faculdade hahaha vida de adulto não é fácil não é mesmo? Pretendo voltar a postar agora, num intervalo irregular, preparando melhor os temas que iremos discutir juntos. Dessa vez, senti que deveria falar um pouquinho sobre um jogo que chegou de mansinho, mas acabou por conquistar meu coração: Persona 5. Desenvolvido pela Atlus, o jogo chegou recentemente ao Ocidente, em Abril, alguns meses depois do seu lançamento Oriental.
Os Conceitos por trás de Persona
Antes de falarmos sobre o jogo, gostaria de tratar um pouquinho a respeito dos conceitos de Persona. Você já deve ter ouvido a respeito, especialmente se é fã da franquia, mas sempre é bom recapitular. No jogo, o protagonista e sua equipe fazem uso de criaturas baseadas em seres mitológicos, chamadas Personas, tendo de enfrentar monstros presentes no subconsciente das pessoas, chamados Sombras. Tanto Personas quanto Sombras representam o mais interno das pessoas, o "verdadeiro eu". Esses e outros conceitos presentes na franquia são baseados nos conceitos da Psicologia Analítica do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung.
Jung foi amigo próximo de Freud, o pai da Psicanálise, por muitos anos, e foi após cortar relações com ele que iniciou o desenvolvimento do trabalho de sua vida. De forma bastante resumida, Jung define Persona como as identidades que assumimos para confrontar situações do nosso cotidiano. Usamos essas identidades como "máscaras", tendo uma para cada esfera da nossa vida. Já a Sombra seria o "oposto" daquilo que nós somos: tudo aquilo que reprimimos, que não queremos assumir e agregar à nossa identidade se converte em nossa Sombra. Ele também definiu outros conceitos de grande importância, como o inconsciente coletivo e os arquétipos, sendo esse último muito utilizado em games e outros produtos de entretenimento.
Yoda, Gandalf e Dumbledore são exemplos clássicos do arquétipo do Sábio (foto: https://thechristiannerd.wordpress.com/2014/02/25/787-wisdom/#more-4553)
Existem ainda outras sutilezas em Persona que são referências a Jung e sua Psicologia Analítica. Para você que se interessou pelo trabalho de Jung, vale a pena conferir mais a respeito, especialmente em relação aos arquétipos. Você vai se surpreender ao perceber como se trata de algo bastante difundido na indústria do entretenimento.
Falando de Persona (o jogo)
Na franquia Persona, sempre vemos um grupo de estudantes do ensino médio mergulhar em uma aventura, despertando suas personas e enfrentando sombras e divindades malucas que querem destruir a humanidade. Em Persona 5, isso não é diferente. Você controla o protagonista, nomeando-o como quiser. O jovem acabara de chegar em Tóquio, após ter problemas em sua cidade natal. Ele passará um ano estudando na capital japonesa, após ter sido processado (de forma injusta). Caso aconteça algum problema, e ele esteja envolvido, vai para a cadeia. É nesse clima tenso que a aventura começa.
Persona 5 é lindo, estiloso, e impressiona pela fidelidade dos cenários reais de Tóquio (foto: http://www.techtudo.com.br/review/persona-5.html)
O jogo é uma verdadeira obra-prima da Atlus. Muito se fala que a desenvolvedora reuniu o que há de melhor na série nesse título, sendo muito mais acessível a novatos, tanto em Persona quanto em JRPGs (pode-se perceber isso ao saber que este que vos fala terminou o game sem grandes dificuldades.).
Toda a interface do jogo é super trabalhada, com um estilo muito próprio e até animações de transição entre cada menu.
A riqueza em pequenos detalhes também agrega valor ao jogo. Com versões das músicas e transições de tela específicas para dias chuvosos, e até mesmo uma animação simples em que o protagonista abre o guarda-chuva em ambientes externos. Tudo isso parece mera perfumaria, mas demonstra o cuidado que os desenvolvedores tiveram com o título.
Dias chuvosos ativam pequenas mudanças que fazem toda a diferença. (foto: http://www.idigitaltimes.com/persona-5-weather-con...
A cada nova jogatina, Persona 5 me conquistava cada vez mais, fosse pela trilha sonora espetacular (digna de chamar seu filho de Shoji Meguro, o compositor da série), fosse pelo enredo bem produzido, com arcos de personagens impactantes e também muito bem trabalhados, ou ainda pelas mecânicas e jogabilidade tão acertadas e, como disse antes, acessíveis, sendo um dos únicos RPGs de turno que tive habilidade (e imenso prazer) de completar. O jogo não é completamente perfeito, apresentando pequenas falhas, como a câmera quase irresponsiva quando em cover, mas são falhas tão pequenas que não chegam perto de ofuscar o brilho do jogo, sendo esquecidas assim que uma nova batalha e a música tema de combate começam.
Uma das poucas e inexpressivas falhas de Persona 5, a câmera em cover irrita ao não responder bem e limitar sua visão. (foto: http://www.wasd.pt/analises/analise-persona-5)
Jogue Persona!
Existem ainda muitos detalhes no jogo que merecem atenção, papo para horas a fio de discussão, mas posso resumir da seguinte forma: é fã de RPGs? Jogue Persona! Gosta de um bom enredo e personagens carismáticos? Jogue Persona! Só quer entender o que diabos esse jogo tem de tão especial? Take your time, e jogue Persona!
Relaxe e aproveite seu tempo no jogo. (foto: http://megamitensei.wikia.com/wiki/File:TakeYourTime.gif)
Para você que se interessou em jogar Persona 5, recomendo que preste atenção a cada música nova que surgir, especialmente os temas das dungeons do jogo: elas casam perfeitamente com toda a temática do lugar, e te deixam no clima do momento. Também dou uma última dica: acumule o máximo de itens de cura e de recuperação de mana que puder para a última dungeon, você vai precisar...
Encerro o artigo deixando para vocês uma das canções da trilha sonora, uma das minhas favoritas (é quase impossível escolher uma só). Esta em especial causa um impacto incrível em conjunto com o momento em que toca no jogo.

E então leitor, o que achou de Persona 5? Já jogou? Pretende jogar? Comente aí!
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