sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Analisando #1 - Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

Single 3163634 featured image
Olá, caros leitores! Nessa onda de Metal Gear que tem tomado conta de todos, gostaria de experimentar algo novo. O feedback de vocês é extremamente importante  e, caso seja bastante positivo, prosseguirei com essa série de análises, que já começa com um título de peso! Analisar demanda mais esforço do que um artigo comum, por essa razão, peço a vocês que opinem - o que faltou, o que deve melhorar, o que está bom - todo retorno é válido! Começo introduzindo o formato de análises que irei utilizar: basicamente, o texto será dividido em três seções, sendo uma para o criador do game ou saga, uma para a desenvolvedora envolvida com a produção e, por fim, a análise em si. É importante frisar que esta é minha opinião e experiência com o jogo e caso você discorde, que seja gerado um debate saudável dos diferentes pontos de vista. Sem mais delongas, vamos lá!
HIDEO KOJIMA - DE ESTUDANTE DE ECONOMIA A UM DOS MAIORES ÍCONES DA INDÚSTRIA DE GAMES
"Snake... What took you so long?"
Hideo Kojima nasceu em 24 de agosto de 1963, em Tóquio. Desde pequeno, sempre teve ambições de trabalhar como um artista, especialmente envolvido com cinema - uma de suas maiores paixões -, mas nunca obteve apoio. Na época, a sociedade japonesa presava muito as carreiras com grande prestígio e de fácil retorno financeiro. Assim sendo, o jovem Hideo iniciou seus estudos para se tornar um futuro economista. Ao analisar seu tempo livre, percebeu que estava bastante focado em jogar videogame e, no quarto ano de sua faculdade, decidiu ingressar na indústria dos games, acreditando ser uma empreitada muito melhor do que seus planos originais com a indústria cinematográfica. De cara, seus colegas de curso o desencorajaram. Contudo, sua mãe manteve-se o apoiando, o que o levou a seguir adiante com seu sonho. De início, muitas foram as dificuldades de Kojima, que sempre teve suas ideias rejeitadas, o que não o fez desistir. Sua persistência o fez ser chamado para trabalhar na Konami, na equipe de produção de jogos para MSX (um tipo de arquitetura de computadores pessoais da época). Ainda assim, muitas de suas ideias foram rejeitadas, por Hideo não possuir conhecimentos acerca da programação. Foi somente em 1987 que Kojima pôde mostrar seu talento, com o lançamento de Metal Gear para MSX2. O jogo foi um completo sucesso, o que levou ao lançamento de sua sequência, Metal Gear 2: Solid Snake, em 1993. Foi então que, em 1998, com o lançamento de Metal Gear Solid, Kojima ganhou prestígio mundial, com diversas sequências sendo lançadas. Hideo também é responsável por Zone of the Enders, Policenauts, Snatcher, e esteve envolvido na produção de Metal Gear Rising: Revengeance e Castlevania: Lords of Shadow. Abaixo, gameplays dos games aqui citados.
Zone of the Enders

Policenauts

Snatcher

Metal Gear Rising: Revengeance

Metal Gear

Metal Gear 2: Solid Snake

Castlevania: Lords of Shadow

KONAMI: DE OFICINA A PRODUTORA DE GAMES
A Konami foi criada em Osaka, no Japão, no ano de 1969, por Kagemasa Kozuki. Inicialmente uma oficina, a empresa entrou no ramo de entretenimento no ano de 1973. Pode-se dizer que sua era de ouro ocorreu durante o auge do NES, quando os maiores títulos da produtora foram lançados, como Frogger, Castlevania e Contra. Outras franquias importantes a se citar são Silent Hill, Pro Evolution Soccer e o próprio Metal Gear Solid. O estúdio subsidiário da Konami responsável por MGS V foi a Kojima Productions, sob o comando de Hideo Kojima, responsável também pela produção de Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots e da Fox Engine, o motor gráfico que alimenta o mais recente título da franquia de espionagem. Recentemente, o estúdio foi desfeito com a saída de Kojima da empresa.
O Sr. Kagemasa Kozuki, fundador da Konami
Frogger

Contra

Silent Hill

ANALISANDO...
Metal Gear Solid V: The Phantom Pain é um jogo de ação-aventura furtiva, em que o jogador controla Big Boss . Para quem jogou MGS: Ground Zeroes, sabe os eventos que levam ao início de The Phantom Pain: o protagonista acorda de um coma de nove anos, sendo procurado por tudo e por todos. Nosso papel é auxiliar Big Boss a se reerguer do golpe que sofreu há quase uma década, com uma nova base e novos aliados. A história, como não poderia deixar de ser, é complexa, e cheia de referências aos jogos anteriores da saga, bem como recheada de reviravoltas. A cada nova missão, dúvidas que existiam anteriormente vão sendo esclarecidas, até a chegada do clímax, que surpreende com uma grande revelação. Trata-se de algo de grande impacto, e sugiro que, caso você não queira estragar a surpresa, não procure absolutamente nada a respeito do jogo até que você o zere.Muitas pontas soltas a respeito dos jogos anteriores são esclarecidas aqui. Velhos conhecidos aparecem para sanar furos que existiam anteriormente. E aqui insiro minha primeira observação: não se preocupe caso não tenha jogado os títulos anteriores - a falta de linearidade na saga como um tudo abre uma brecha para que novos jogadores entrem nesse universo. O gameplay é bastante intuitivo. Caso você não esteja acostumado com jogos Stealth, sofrerá um pouco no início, algo que vai sendo superado com o avançar da história. Também é muio prazeroso ver frases de efeito serem lançadas durante o desenrolar do enredo, como "You are a legend to those who live on the battlefield..." e "I´m already a demon.", bem encaixadas, trazendo um certo peso ao momento em que são proferidas. Outro detalhe importante: esqueça finais felizes - a trama é pesada, com vários momentos tristes e solitários. Inclusive um desses momentos é quando um de nossos parceiros nos abandona, com um final trágico. A trilha sonora é impecável, trazendo o clima de anos 80 à tona, com músicas conhecidíssimas e que se fixam facilmente na cabeça. Faixas como True, Maneater e Kids in America te transportam para o ano em que a trama se passa, 1984.





É crucial também citar a riqueza de detalhes que Kojima e sua equipe tiveram cuidado de colocar no game: a chuva apaga seus passos e limpa a sujeira em seu traje; derrubar objetos que estejam no cenário pode chamar a atenção dos guardas; as cenas que ocorrem na data em que você registrar seu aniversário; atirar no pneu de um veículo em movimento faz seu condutor perder o controle e parar (algo que utilizei a meu favor em uma das missões), entre tantos outros, que não lembro de ter visto em nenhum outro jogo. Algo que também me impressionou bastante foi a baixa porcentagem de cumprimento das missões em muito tempo de gameplay - com mais de cem horas de gameplay, eu possuía apenas 25%. Ainda assim, algumas "falhas" assombram o game: a quantidade de cutscenes é bem baixa comparada a outros jogos, especialmente a outros títulos da saga - o game é taxado como o que menos possui "kojimices" entre todos os Metal Gear. Também presenciei delays de renderização, e um guarda atravessando um objeto do cenário, algo comum em jogos de mundo aberto e que de forma alguma irão atrapalhar sua experiência com o game. Para encerrar, farei algumas considerações. A primeira já foi feita em um artigo anterior, que tratava dos gráficos dos jogos - Kojima e sua equipe fizeram milagres com as versões de PS3 e X360 do game. Ambos possuem uma arquitetura extremamente simples comparados aos novos consoles. Ainda assim, a experiência é exatamente a mesma, salvo a queda gráfica completamente compreensível. A segunda é uma reflexão a respeito de uma afirmação feita pela Konami: a produtora afirmava ter certeza de que MGS V seria eleito o jogo do ano de 2015. Antes do lançamento, confesso ter achado uma afirmação pretenciosa por parte da Konami. Após ter jogado por mais de cem horas, começo a concordar com isso. Por fim, digo: trata-se de um título incrível, que fará você se apaixonar pela trama da saga. As mínimas falhas que o jogo apresenta são completamente ofuscadas pela imensa riqueza de detalhes e cuidados que o jogo oferece. Título obrigatório para amantes do Stealth, de jogos de mundo aberto e de quem gosta de uma boa história. Falando nisso, permita-se ser envolvido pela história do homem que vendeu o mundo.

Bônus - "Who´s there!?"

->Gostou da análise? Não gostou? Críticas? Sugestões? Comente! Seu feedback é muito importante! Lembrando que respeito e educação são muito importantes para uma convivência "de boas".
->Compartilhe! Assim como seu feedback, seu apoio também é muito importante para que eu siga escrevendo =D
Fontes:

Nenhum comentário:

Postar um comentário