domingo, 26 de julho de 2015

Franquias anuais - Uma ameaça ao Mercado?

Medium 3122577 featured image
Saudações! No artigo de hoje, falarei a respeito de outra febre do atual mercado de games: as franquias anuais. De alguns anos para cá, temos visto muitas produtoras lançarem continuações de uma franquia ano a ano. Exemplos disso são Call of Duty, da Activision, e Assassin´s Creed, da Ubisoft. E afinal, isso é bom ou ruim? Partamos para mais uma de nossas reflexões
Calendário de lançamento da franquia Call of Duty - Não é de hoje que os lançamentos anuais nos assombram, mas só agora têm tido mais destaque.
Como havia dito anteriormente em um de meus artigos, a criação de um jogo demanda muito esforço e dedicação para que o trabalho final tenha qualidade. De certo ponto, as franquias anuais delimitam tanto o tempo quanto a criatividade dos desenvolvedores, que trabalham sob a pressão de ter que cumprir o cronograma, e então surge a mesmice: tendo em mente os últimos títulos de franquias anuais que você jogou, quais trouxeram inovações? E, caso trouxeram, foram mudanças significativas? Realmente tornaram aquele título único, destoante frente a outros lançamentos e até mesmo frente a própria franquia? O calendário de lançamento anual traz o grande risco de que a qualidade da obra caia, surgindo assim as reclamações acerca do jogo.
Apesar de ser uma série de grande qualidade, Assassin´s Creed realmente precisa ter lançamentos anuais? Por que não aumentar o intervalo de lançamento e, consequentemente, a qualidade e a satisfação de seus fãs? O mesmo vale para Call of Duty.
Os fãs de tais franquias reclamam justamente da ausência de novas mecânicas e, às vezes, até mesmo de capricho no jogo. Contudo, continuam a comprar os novos títulos, algo que talvez incentive as produtoras a adotar a postura de lançamentos anuais, e até inspirar outras produtoras a seguir esse exemplo. Call of Duty demonstra bem isso, sempre tendo seus lançamentos figurando entre os jogos mais vendidos do ano. Não digo que seja uma atitude errada apoiar sua franquia favorita, eu mesmo sempre fico ansioso a cada novo Assassin´s Creed anunciado esperando por melhorias, mas é importante que cobremos as produtoras: não há necessidade de títulos anuais, nós jogadores sempre prezamos mais a qualidade do que a quantidade - não deixaríamos de jogar determinado título por não ter sido lançado um ano após seu antecessor. Muito pelo contrário, a satisfação de poder jogar a continuação seria ainda maior.
Shuhei Yoshida, presidente da divisão de entretenimento da Sony, já afirmou em uma entrevista odiar franquias anuais. Se até mesmo ele tem repulsa dessa postura, por quê devemos aceitá-la?
Ainda assim, sendo franquias anuais uma tendência, existem certos métodos que ao menos permitem a manutenção da qualidade, como o rodízio de estúdios produzindo os títulos, método esse que vem sendo utilizado pela Activision em seu aqui tão citado Call of Duty, e recentemente aplicado pela Ubisoft em Assassin´s Creed, cujo próximo título terá, pela terceira vez na franquia, um estúdio diferente na chefia da produção. De qualquer forma, isso não muda o fato de que há, realmente, falta de inovação, e de que temos perdido o "sabor" de aproveitar nossos títulos favoritos. Que as empresas um dia possam entender isso, voltando a nos fazer sentir aquele gostinho de "quero mais" adotando novamente um regime mais espaçado de lançamento de seus títulos. O que acha, leitor? Concorda comigo? Ou acredita que o regime anual deva permanecer e se espalhar? Comente aí!
->Gostou do artigo? Não gostou? Críticas? Sugestões? Comente também! Seu feedback é muito importante! Lembrando que respeito e educação são muito importantes para uma convivência "de boas".
->Compartilhe! Assim como seu feedback, seu apoio também é muito importante para que eu siga escrevendo =D

Nenhum comentário:

Postar um comentário